No primeiro episódio, é traçada a evolução da região, destacando a sua importância ao longo dos séculos. Já no segundo, mergulhamos na singularidade do Vinho Verde, analisando as características que o tornam único, a preservação das castas autóctones, o papel da investigação científica e académica local e dos espaços museológicos dedicados a conservar este património, oferecendo uma visão abrangente da tradição e inovação que moldam esta emblemática região vitivinícola.
Caminhada em que os participantes vão poder acompanhar o pastor Jorge Gomes e o seu rebanho num dia normal de pastoreio. Uma oportunidade única para conhecer a serra d’Arga desde a perspetiva e experiência de quem nela pastoreia diariamente os seus animais.
Saindo do curral das cabras e começando a subir pela encosta, os participantes irão passar por diferentes lugares e referências culturais e toponímicas da serra, como são o fojo do lobo, a trincheira, a portela da preguiça, o penedo das botas, a chão grande, ou a fonte lameira e outras fontes que são nascentes de água nesta serra. Ao longo do percurso, e ao ritmo das cabras, poder-se-á saber mais sobre as dinâmicas estacionais do pastoreio, as ervas e matos dos que se alimentam os animais, e a própria organização do trabalho como pastor.
Jorge Gomes é pastor desde muito novo, acompanhando e aprendendo das pessoas mais velhas que iam ao monte com as ovelhas. Aos 14 anos começou a andar com o seu próprio rebanho, primeiro de ovelhas e algumas cabras, e atualmente com um rebanho de 180 cabras. Além do pastoreio na serra, também é criador de gado, complementando a atividade pecuária extensiva com diferentes práticas agrícolas para alimentação dos animais. Mantêm-se cultivados os campos, e o monte está mais limpo com a atividade de pastoreio mas, como diz Jorge, talvez seja dos últimos pastores, não havendo mais ninguém que queira ‘pegar’ nesta atividade, subir com os animais à serra. Uma atividade não ausente de dificuldades, cujos desafios importa conhecer e refletir sobre o que significa ser pastor hoje, e como se pode manter e valorizar o pastoreio. A caminhada é também assim uma oportunidade para conhecer a realidade desta atividade, desfrutando do percurso pela serra lado a lado com o pastor.
Recomendações: levar calçado de montanha, calças (passagem por zonas de matagal), água e comida/snacks.
No âmbito das I Jornadas da Montanha, o Geoparque Litoral de Viana do Castelo (aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO), a Junta de Freguesia de São Lourenço da Montaria e a Associação AO NORTE convidam-no para um trilho interpretativo que dá a conhecer o Geossítio das Cascatas da Ferida Má.
O percurso desenvolve-se ao longo do vale do rio Âncora e permite explorar um dos locais mais emblemáticos do território: as cascatas e lagoas do Geossítio das Cascatas da Ferida Má. Ao longo do trilho, os participantes poderão ainda descobrir a diversidade do património natural e cultural da Montaria, com especial destaque para os tradicionais moinhos de água que pontuam a paisagem.
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia (máximo 30 pessoas) através do preenchimento de um formulário online
InscriçãoEstará a broa de milho e centeio em vias de extinção? Como se mantém este produto regional, quando as práticas de cultivo e conhecimento associado se perdem? A par da mudança dos tempos e práticas, atrofiam-se os modos de fazer, as sementes lançadas à terra, e as tecnologias próprias que permitiam a moagem dos cereais. Os moinhos tornaram-se tão só elementos decorativos da paisagem, às vezes convertidos em espaços museológicos, de atração turística, mas que salvo atividades de recriação do passado, poucas vezes voltam a ser utilizados para moer.
Quando uma pequena base material que sustinha os moinhos ainda resiste (cereais cultivados a serem moídos), e comer pão, ou alimentar as galinhas, continua a ser quotidiano, porque não ir moer ao moinho? Atualizando o seu uso e significado, poderão os moinhos ainda apoiar outros ciclos agro-alimentares possíveis?
O tema deste encontro surge a partir de conversas anteriores sobre variedades tradicionais (em especial o milho), junto de quem ainda as cultiva (ou cultivou) em São Lourenço da Montaria, e a partir do diagnóstico da situação dos moinhos de água nesta freguesia, e os desafios na sua recuperação. Um tema que envolve um conjunto de práticas culturais (desde o cultivo de cereais à manutenção dos moinhos e das águas que os alimentam), que interessa abordar para pensarmos a sua continuidade e salvaguarda.
Abordando experiências concretas, trazidas pelas associações e redes convidadas, pretende-se neste encontro: • Conhecer e refletir sobre a importância das variedades tradicionais de cultivo, e recuperação e conservação face ao seu desaparecimento (em especial dos cereais); • Conhecer experiências de dinamização rural que procuram valorizar e ressignificar tanto o património genético agrícola, como o património rural edificado, no caso dos moinhos, com o seu uso para moagem e visitação; • Contribuir para a revitalização do Núcleo Museológico dos Moinhos de Água da Montaria.
Cabrito à Serra d’Arga ou, em alternativa, lombo de porco assado.
Em colaboração com o Grupo Etnográfico de São Lourenço da Montaria
InscriçãoRetrato sobre produtores de Vinho Verde: conhecemos diversas abordagens de produção, os desafios e soluções num mercado cada vez mais inovador e sustentável. Vemos também como o enoturismo tem revitalizado espaços e reforçado a ligação entre vinho e território.
No coração da Montaria, os sons da fronteira ganham vida com o concerto de "Os Raianos", um grupo que nasceu - como tantas coisas boas - à mesa de uma taberna. Formado por músicos galegos e minhotos, este projeto celebra a amizade, a cultura partilhada e as afinidades musicais entre Portugal e a Galiza. O seu repertório cruza os cancioneiros tradicionais do Noroeste Peninsular, em arranjos vibrantes tocados com os instrumentos típicos da região - da gaita-de-foles ao bombo, da concertina à sanfona, flauta, percussões, cavaquinho ou bandolim.
Email: ao-norte@nortenet.pt
Telf.: +351 258 821 619 (rede fixa nacional)
Telm.: +351 962 834 852 - Rui Ramos (rede móvel nacional)
A FESTA DA BROA E DO CHOURIÇO convoca produtos característicos da alimentação local, a broa de milho e a carne de porco, de onde sobressaem os famosos chouriços da Montaria, com a finalidade da celebração da cultura local pela via gastronómica. Em tempos de fast-food, é uma forma de manter vivas as tradições culturais da aldeia e partilhar sabores que os novos ritmos de vida têm deixado perder.
Cabrito à Serra d’Arga (sábado ao jantar, domingo ao almoço e jantar) / caldo verde / arroz doce. Petiscos: fêveras no pão / rojões à moda de S. Lourenço / moelas / pataniscas de bacalhau / bolinhos de bacalhau. Bebidas: vinho tinto e branco da região / champarrião / bagaço com mel / café.
A tenda gastronómica estará aberta nos dias 18, 19 e 20 de julho.