O arquivo fotográfico e a súa relación coa arte dende unha dobre perspectiva, a do estudios da fotografía histórica galega, e a de quen emprega na súa producción fotográfica estratéxias propias do arquivo. - O arquivo como espazo de acumulación. - O aquivo e o autor. - O arquivo e o fotógrafo profesional. - A fotografía popular. Desprazamento ao campo da arte. O caso de Virxilio Vieitez. - As estratéxias arquivisticas na arte. - Exposición Raniero Fernaández. O arquivo. CGAC. Santiago de Compostela (2022) - A estratexia arquivistica nas miñas series Casas Doentes, Derradeira sesión, Espantallos, Crebas e Parellas.

Pensar o arquivo e a criação de materiais que envolvem uma ligação direta à comunidade. Estes autores, com o percurso de trabalho em torno destes conceitos, mas com abordagens distintas, constroem trabalho autoral com o arquivo doméstico, na maior parte das vezes com as fotografias que percorrem as gavetas e as memórias das casas que visitam, onde recolhem para construir.

No campo da prática artística, o meu trabalho tem-se apurado naquilo que designo como a “expressividade do arquivo”, ou seja, na forma como o arquivo se manifesta na obra de arte enquanto traço ou vestígio. Ao contrário de outros autores contemporâneos não uso, de forma proeminente, aquilo que Benjamim Buchloh designa como estética do arquivo. O que pretendo é que as minhas obras contenham uma sensação de tempo que é uma das promessas do arquivo.

Será apresentado o resultado da oficina de Susana Paiva realizada em Viana do Castelo, com produção da Oficina de Fotografia, com a presença dos participantes e a apresentação dos resultados. A construção de fotolivros como processo de criação e construção narrativa, numa relação formal com a ideia de organização e construção de um objeto autoral.

Tiago Casanova irá abordar o papel do arquivo fotográfico doméstico na sua obra artística, com a partilha de alguns projetos que procuram questionar a nossa relação colectiva com a imagem fotográfica, em particular num momento de transição entre o analógico e o digital, e num momento de extrema democratização e expansão do meio, abordando os significados e o papel da fotografia para a transmissão de uma pretensa verdade.

Artista plástico de formação, curador de exposições e produtor de projectos culturais. Apresenta o seu trabalho individualmente e em colectivo desde o início da década de 90. O seu trabalho caracteriza-se pela contaminação entre as várias disciplinas numa abordagem crítica ao contexto político, económico e social contemporâneo. Participou e comissariou numerosas exposições, independentes e institucionais. O seu trabalho artístico encontra-se representado em numerosas colecções públicas e privadas. Ao longo de trinta anos de trabalho, participou em aproximadamente trezentos projectos expositivos e performativos, tendo comissariado e produzido mais de setenta exposições, independentes e institucionais, que marcaram o desenvolvimento do trabalho de uma nova geração de criadores e lhe proporcionaram um extenso conhecimento das práticas artísticas em Portugal.